quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Comunicação: alguns conceitos que serão úteis!

Em nossa última “conversa”, falamos sobre a importância de despertar interesse no público, causar uma boa “primeira impressão”, fazendo com que haja atenção ao que se tem a dizer. Isso será conseguido, preparando-se bem o início da apresentação.

Embora não tenhamos comentado, essa primeira parte é muito curta, não devendo passar de dois ou três minutos.

Na postagem de hoje, vamos refletir sobre um assunto que é ponto chave na nossa temática.

Vamos tratar da “comunicação”.

Afinal, qual é o significado da palavra comunicação?

O verbo comunicar vem do latim: comunicare, que significa tornar comum. Mas tornar comum o que? No nosso caso, tornar comum o nosso conhecimento sobre um determinado assunto, por meio de uma apresentação.

Então esse é o objetivo da comunicação? Tornar uma ideia, um pensamento, um conhecimento comum? Correto.

E quais são os componentes da comunicação? Que dinâmicas estão envolvidas? A comunicação, numa palestra, numa apresentação ou numa aula, é uma via de mão única? Uma pessoa fala e as outras ouvem passivamente, gravando o que está sendo dito? Ou será uma via de mão dupla, em que uma pessoa fala e as outras dão suas respostas?

Embora possa parecer uma via de mão única, eu garanto que não é! Sempre há, e sempre haverá, uma resposta por parte daqueles que ouvem. Eventualmente, essa resposta é apresentada verbalmente, na forma de uma pergunta, ou de um questionamento, mas o que geralmente ocorre, é uma resposta silenciosa, que o palestrante vai percebendo nas expressões faciais e nos gestos dos ouvintes. 

Essa resposta pode ser: estou entendendo ou não estou entendendo, concordo ou discordo, estou gostando ou estou ficando desinteressado, e outras que a experiência vai permitindo que a gente perceba.

Quais são os componentes da comunicação?

1 – A MENSAGEM é o primeiro componente. Ela é formada pela ideia que se quer transmitir e o meio que se usa para fazê-lo. No nosso caso, a ideia é o conhecimento que será transmitido e o meio serão as palavras utilizadas para isso.

2 – O EMISSOR da mensagem é o segundo componente, no caso o palestrante, ou seja, aquele que fala.

3 – O RECEPTOR é o terceiro componente, no nosso caso, o público. Veja que coloquei no singular: “o receptor”, porque uma palestra, uma apresentação, é uma conversa, um bate-papo. O palestrante não estará falando para um grupo. Estará falando para cada um do grupo, individualmente. Percebe a diferença? Por isso devemos evitar de nos referirmos ao público no plural. Devemos dizer “você”, não “vocês”, “o senhor, a senhora”, e não “os senhores, as senhoras”.

4 – A RESPOSTA (também conhecida como feedback) é o quarto componente. Como dissemos acima, é a via de retorno daquilo que o palestrante transmite, revelada pela expressão de cada ouvinte, pelas perguntas, pelos questionamentos, pela interação da plateia com o apresentador (ou palestrante) e com a apresentação (ou palestra).

Você pode imaginar qual seja o próximo componente da comunicação? Vamos ver se você acertou!

5 – O RUÍDO é o próximo componente. Mas, de que ruído estamos falando? Se a apresentação for feita numa sala de reuniões, fechada e silenciosa, poderá haver ruído? Sim, poderá haver ruído, pois esse termo não se refere, exclusivamente ao “barulho” que o local possa apresenta, vai muito além.

Definimos ruído tudo aquilo que interfere e atrapalha a comunicação. Portanto, há diversos tipos de ruído. Vamos ver cada um deles?

Izidoro Blikstein, no livro “Técnicas de Comunicação Escrita”, relaciona três tipos de ruído: o ruído físico, o psicológico e o cultural.

5.1 – RUÍDO FÍSICO. Esse é fácil! Trata-se do barulho, propriamente dito. Um ventilador desbalanceado, o aparelho de ar condicionado, o trânsito das proximidades, pessoas conversando no corredor, e outros que podem ser enumerados.

Mas o ruído físico pode ser também de outro tipo, como a temperatura desagradável do local, muito calor ou muito frio, o cansaço, alguma deficiência auditiva, o volume de voz muito baixo, ou muito alto, equipamento de som (caso esteja sendo usado) mal regulado ou com defeito, conversas paralelas. Tudo isso pode ser considerado ruído físico.

5.2 – RUÍDO PSICOLÓGICO. Esse ruído pode ter início numa “primeira impressão” ruim (por isso quisemos tratar desse assunto na postagem anterior). Então, para evitar esse ruído, e preciso que estejamos atentos à forma como as pessoas irão nos ver já no momento em que nos dirigirmos à frente. 

Se formos falar para diretores de uma empresa, que trabalham de termo e gravata, deveremos usar também terno e gravata. Se formos falar para os operários da fábrica, é melhor que estejamos de roupas menos formais. É aconselhável que, mesmo fazendo uma apresentação ou palestra em ambiente isento de formalidade, não usemos uniforme de time de futebol, pois a rivalidade que existe entre torcedores de diferentes times, irá causar uma barreira, um ruído psicológico. 

Pense bem: nós nos sentimos melhor conversando com pessoas iguais a nós. O nosso público também. Então, procuremos fazer com que ele se identifique conosco.


5.3 – RUÍDO CULTURAL. Não sei se já aconteceu com você, mas eu já assisti a uma palestra em que o comunicador usou um vocabulário tão rebuscado, que eu (e com certeza a grande maioria do público) saí de lá sem entender o que ele quis transmitir. Eu perdi o meu tempo e ele também. Para evitar o ruído cultural, temos que estar atentos para utilizar termos e palavras que sejam de fácil compreensão. Palavras técnicas só devem ser utilizadas para públicos que as conheçam. Palavras estrangeiras devem ser evitadas. Caso sejam necessárias, devem ter o seu significado esclarecido. É preciso, também, evitar palavras que possam ter duplo sentido.

Resumindo o que dissemos até aqui:

A apresentação precisa ter um começo bem preparado para resultar numa boa primeira impressão.

Ela será uma comunicação e, portanto, será uma via de mão dupla.

Terá por objetivo tornar comum uma ideia, por meio de uma mensagem.

Nessa comunicação, estarão presentes o emissor, o receptor e a mensagem. Ela sempre irá gerar uma resposta e poderá sofre a interferência dos ruídos. O ruído físico, o cultural e o psicológico.

Por agora basta. Deixe o seu comentário, faça perguntas. Eu terei imensa satisfação em responder.


Um grande abraço, Até a próxima postagem e fique com Deus.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O roteiro está completo. Qual a próxima etapa? Vamos falar da primeira impressão?

Agora, que você já coletou material suficiente, estudou esse material e elaborou o seu roteiro inicial, é hora de pensar em como vai iniciar sua palestra.

Acho que você já ouviu a afirmação de que “a primeira impressão é a que fica”. Não sei se ela é absolutamente correta, mas uma coisa é certa: se a primeira impressão for negativa, vai ser difícil de ser modificada.

Então, pense no início da sua palestra. Prepare-o com carinho. Anote-o no seu roteiro para evitar que você se esqueça de falar. O início da fala é um momento crítico, porque você ainda está vencendo o, normalíssimo, nervosismo inicial.

Uma palestra, uma apresentação, deve ser encarada como uma conversa. Qual a primeira coisa que fazemos quando nos aproximamos de uma pessoa para conversar? Em qualquer encontro, a primeira coisa que fazemos é, sem dúvida, cumprimentar a pessoa com quem vamos falar. Na palestra essa deve ser, também, a primeira coisa a ser feita.

Procure lembrar-se de uma conversa que você manteve com alguém e que deixou você feliz, já de início. Provavelmente essa pessoa chegou até você e lhe disse algo como: - Olá! Como vai? - Que bom ver você! - Você está muito bem! - Estou muito alegre por encontrar você e poder conversar!

Se você se sente bem com esse tipo de acolhimento, certamente as demais pessoas também se sentirão.
Lembre-se de sorrir. O sorriso causa uma boa impressão: a impressão de simpatia e de segurança (mesmo que essa segurança não seja 100% verdadeira – só você sabe disso).

Portanto, comece a sua apresentação sorrindo, cumprimentando as pessoas e falando da alegria e da honra que sente ao falar para elas. Agradeça por estarem ali. Elogie, sinceramente, a cidade, ou a entidade de que elas fazem parte.

Caso haja na plateia, e você saiba, autoridades do local, da entidade ou empresa em que você está, é aconselhável que você comece o cumprimento citando o nome dessas pessoas. Cite pelo menos de duas ou três delas, da mais graduada para a menos graduada, e em seguida, cumprimente o público como citamos acima.

Depois, se não houve alguém que apresentasse você, apresente-se, dizendo, em poucas palavras, seu nome e as credenciais que lhe capacitam a estar ali para falar com eles. Mas cuidado: sua apresentação não deve se muito detalhada, nem muito longa, para evitar a impressão de que você se está auto enaltecendo (se vangloriando de seus feitos ou de sua posição social). Entretanto, essa apresentação é necessária para que saibam quem é você, e que você tem “competência” para falar sobre o assunto que irá abordar.

Terminando de cumprimentar o público e de se apresentar, é momento de você iniciar a abordagem do seu tema. A sua palestra, propriamente dita. Esse é o momento de você atrair a atenção do público para o seu tema. Por isso deve ser pensado com antecedência e bem preparado.

Algumas sugestões de como começar. Você pode usar uma, ou mais, delas:
- Comece dizendo sobre o que vai falar. Em uma frase, ou duas, resuma o seu tema.
- Apresente uma pergunta, sobre o tema, que você vai responder no decorrer da apresentação.
- Conte uma história, ou um caso, que tenha relação com o que vai abordar e, a partir daí, alinhave sua palestra, retornando à história algumas vezes durante a fala.
- Conte um fato bem humorado.

Mas atenção: não se aconselha que, no início da palestra, ou apresentação, sejam contadas piadas. Há vários motivos para isso. Vamos enumerar alguns:
- Uma piada pode melindrar, ou ofender, alguma pessoa da plateia.
- Pode ser conhecida ou ser considerada sem graça pelas pessoas. Com que cara você vai ficar, se ninguém rir da piada?
- Pode ser muito engraçada e algumas pessoas da plateia podem não parar mais de rir, ou voltar a rir no meio da sua fala, porque se lembraram da sua piada.
- Pode levar as pessoas a considerarem que você carregue algum preconceito. Então, porque arriscar?

Mas qual a diferença entre uma piada e um fato bem humorado?

As piadas são, habitualmente, sobre outras pessoas. O fato bem humorado deve ser sobre você mesmo. Você pode citar algo que lhe aconteceu e que, no momento, lhe fez passar maus bocados, mas que depois fez você rir de si mesmo. Esse método costuma identificar o palestrante com sua plateia, o que facilita a comunicação.

Outra atitude a ser evitada no início de uma palestra é a abordagem de temas polêmicos. O fato de o tema ser polêmico, já sugere na plateia há pessoas que tem a mesma opinião que você e pessoas que pensam radicalmente diferente.  No início da palestra, não fale, por exemplo, sobre política ou sobre seu time de futebol preferido. Isso pode causar uma rejeição, por parte da plateia, que irá resultar num “ruído na comunicação”.

Tomando esses cuidados, fazendo um primeiro contato atraente, você estará com meio caminho andado. Depois, é só continuar apresentando o tema que lhe foi proposto, que foi objeto de pesquisa, de estudo, que você preparou e treinou cuidadosamente. Com certeza sua apresentação será um sucesso.

Sobre os “ruídos na comunicação”, como o citado acima, falaremos deles numa futura postagem.

Por hoje ficamos por aqui. Obrigado pela sua atenção. Um grande abraço e fique com Deus.

Não deixe de fazer o seu comentário, a sua crítica ou de apresentar suas dúvidas. Será um prazer responder.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Preparando a apresentação. Juntei uma boa quantidade de material. E agora?

Na postagem anterior, discutimos sobre a coleta de material para a preparação da apresentação. Agora, vamos dar mais um passo nesse sentido.

Se você já tem uma boa quantidade de material, agora você deve estudar esse material, não para decorá-lo, mas para compreendê-lo e para formar suas próprias ideias sobre o assunto que você vai abordar.

À medida que você vai tomando mais e mais conhecimento com o assunto, você deve ir organizando a sua apresentação.

Como eu faço isso?
Procure ver sobre quais partes do tema você deve falar primeiro e quais partes você vai deixar para falar mais no final da palestra ou da apresentação.

Mas que critérios eu adoto para decidir isso?
No começo, você vai falar do que é mais fácil de ser entendido, para ir abordando os assuntos mais difíceis ao longo da apresentação. Isso se chama critério pedagógico.

Mas você pode contar uma história em que você vá encaixando as informações que você quer passar ao seu público. Nesse caso, você pode adotar o critério cronológico: o que aconteceu primeiro, o que veio depois e assim por diante.

Mas você pode ainda contar um fato e depois explicar o que quais foram os eventos que levaram àquele resultado.

Como você pode ver, há uma variedade de formas de organizar uma apresentação. Você deve optar por uma delas e ir arranjando a sua fala de forma que ela tenha um começo, um meio e um fim.

Minha sugestão e que você, à medida que for estudando o material coletado, vá  fazendo anotações, por exemplo, em tirinhas de papel. Fica fácil de você ir colocando essas tirinhas na ordem que você escolheu para sua palestra.


Como exemplo de como fazer um roteiro inicial, veja a figura abaixo. Se eu tivesse que fazer uma palestra sobre o tema “Escrever e ser entendido”, provavelmente eu começaria o meu trabalho fazendo um roteiro como esse.
É claro que esse é apenas um exemplo e que você pode fazer melhor, por exemplo, utilizando post its, ou tiras de papel cortadas com uma tesoura. Não importa. O importante é que você entenda o que eu chamo de roteiro inicial, e que você perceba que, se eu quiser, com muita facilidade, posso mudar a ordem dos tópicos que eu criei, com base material que eu coletei.

Quando você tiver a certeza de que tem material suficiente, e que acertou a ordem desejada para abordar os assuntos, escreva um roteiro definitivo da sua fala. 

Ele será parecido com o roteiro inicial, isto é, será construído em tópicos. Mas desta vez, não em tiras de papel, mas numa folha, pois é definitivo.

Perceba que isso pode levar algum tempo, às vezes alguns dias. Não importa. O que conta é que enquanto você vai elaborando esse trabalho, você estará estudando seu tema, melhorando seu conhecimento sobre ele e ganhando confiança para apresenta-lo com segurança.

Veja que até aqui não falamos em Powerpoint. Acontece que há pessoas que quando precisam preparar uma palestra vão diretos para frente do computador e começam a montar o que costumam chamar de apresentação, já no Powerpoint.

Dessa forma, o que fazem é transformar seus slides em roteiro inicial, ou já num roteiro final.

Penso que os Slides do Powerpoint são apenas um material de apoio. São muito importantes, mas devem ser tratados apenas como material de apoio, porque o mais importante é a sua fala, isto é, aquilo que você preparou para dizer. É a mensagem que você irá transmitir ao seu público. 

Se para isso você precisa de alguma figura, ou de algum gráfico, ou de alguma relação, ou ainda de algum texto, então você o apresenta em um ou alguns slides do Powerpoint.

O Powerpoint não deve ser o seu roteiro. Muito menos o texto da sua palestra, que você vá ler para o seu público. Isso não funciona. Isso torna sua apresentação chata e cansativa, porque ao ler o slide, você ficará de costas para o seu público. 

Mas o Powerpoint será assunto de futuras postagens. 

Nesta, o que eu quero que você perceba é a importância de você estudar bem o material coletado e organizar sua fala de maneira lógica.

Enquanto você estiver preparando esse primeiro roteiro, esse roteiro inicial, pense na sua plateia e se pergunte a cada tópico:

- Isso é importante para os que estarão sentados para me ouvir?

- É interessante para eles?

- Vai trazer novidade para o meu público?

- Vai ser útil para a vida dele?

- Vai lhes trazer benefícios?

Tenha em mente que sua apresentação tem dois componentes muito importantes, nessa ordem:
- O primeiro é o seu público.
- O segundo é a mensagem que você vai transmitir, o conhecimento que você vai passar.

Dessa forma, você tem tudo para preparar uma boa palestra, uma boa apresentação.

Por agora, ficamos por aqui. Deixe o seu comentário, faça perguntas. Eu terei imensa satisfação em responder.

Um grande abraço, Até a próxima postagem e fique com Deus.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Onde encontro material para preparar a apresentação da minha Palestra, da minha Tese, da minha Monografia ou do meu TCC?

Eu não sei quanto tempo você tem pra preparar sua apresentação. Mas uma coisa é certa: mesmo que o tempo seja relativamente longo (duas, três ou mais semanas), você tem que começar a preparar o seu tema agora.

Como fazer isso? Ora, comece a pensar na sua apresentação. O que seria interessante que você falasse? O que aqueles que o convidaram gostariam que você dissesse? O que o público gostaria de ouvir?

Com esses pensamentos na cabeça, comece a procurar material por todos os meios que você tiver disponíveis.

Aconselho você a dobrar uma folha de sulfite ao meio e novamente ao meio, até que fique do tamanho que caiba no seu bolso. Esse será seu “bloco de notas”. Carregue-o sempre com você e tenha sempre à mão uma caneta para anotar, em poucas palavras, tudo o que você for achando interessante.

Preste atenção às conversas dos seus amigos, ao que os seus professores falam, o que os noticiários da TV e do rádio tem trazido, converse com pessoas de sua confiança sobre o assunto da sua apresentação e anote opiniões. Tudo isso vai fazer você ficar focado no seu tema e aproveitar uma ou outra fala para incluir na sua palestra. Anote o que for interessante no seu “bloco de notas”. É assim que muitos compositores fazem, sabe-se de “sambistas” que estavam com amigos num restaurante ou num bar, percebiam alguma ideia que daria um samba e a anotavam num guardanapo de papel. Depois, em casa, com calma, escreviam seus sucessos. É a única forma de não perder nada.

Onde posso encontrar mais material? Se você está preparando a apresentação do seu TCC, da sua Tese ou da sua Monografia, é aí que você irá, obviamente, basear a sua apresentação. Mas atenção: você terá que encontrar e selecionar os pontos chave do seu trabalho para montar a sua apresentação e nem sempre o índice dará a sequência mais indicada.

Entretanto, se você estiver preparando uma palestra sobre um tema que lhe tenham solicitado, você pode encontrar material interessante em livros que versem sobre o assunto, em revistas, sejam especializadas ou não, ou na internet. Mas fique atento, nem tudo que você encontra na internet é confiável. Procure sites que tratem do assunto com seriedade, mesmo que o façam com humor.

Nos livros e nas revistas, abuse dos post-its (aqueles papeizinhos coloridos, com cola em uma das bordas - veja na figura abaixo). Na Internet, ao localizar um texto que possa ser útil, copie esse texto e cole num Word, em que você vai juntando material (mas atenção: você não vai usar o texto da internet na sua palestra, você vai usar a ideia que ele traz, portanto, você deve entendê-lo e não decorá-lo).

Já tenho bastante material, e agora?

Quando você tiver bastante material coletado, estude com atenção esse material, fazendo anotações e procurando ordenar tudo o que você encontrou. Essas anotações irão dar a você um roteiro inicial da sua apresentação.
Por agora, ficamos por aqui. Breve tarei mais dicas para você organizar sua apresentação, preparar o Power Point e fazer uma bela palestra.


Se você ficou com dúvidas ou gostaria de fazer algum comentário, fique a vontade. Prometo que vou fazer o possível para esclarecer você. Fique com Deus.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Vou ter que fazer uma apresentação. Por onde eu começo?

Se eu vou ter que fazer uma apresentação, qual a primeira coisa a ser feita? 
Penso que definir o ponto de partida seja o mais importante, pois ninguém chega ao topo de uma torre sem que tenha galgado o primeiro degrau. 
E, se você prestar atenção, o primeiro degrau é o mais fácil, porque você ainda está descansado.

Vamos a ele então.

Que informações você tem sobre a apresentação que você irá fazer?
Quem convidou (ou convocou) você?
Qual será o tema?
Para quem você terá que falar?
Quando será a apresentação?
De quanto tempo você dispõe?
Com quais recursos você poderá contar?
Onde será a apresentação?
Qual é o objetivo dessa apresentação? O que esperam de você?

Você está achando que são muitas perguntas? Na verdade não são. São as perguntas necessárias para que você possa preparar sua apresentação e depois realiza-la com segurança e qualidade. Trata-se a aplicação do 5W e 1H, ou do Hexâmetro de Kipling - O que? Quem? Como? Quando? Onde? Por que?

Mas, vamos esmiuçar cada um dos questionamentos acima.

Em primeiro lugar, você sabe quem te convidou, ou convocou, para fazer essa apresentação, então é para ele(a) que você deve fazer a maioria das outras perguntas.

Qual é o tema? 
- Ora não há muito que dizer quanto a isso, parece bastante óbvio que para se preparar você deva saber exatamente qual será o tema principal da apresentação.

Para quem você terá que falar? 
- Você precisa saber quem estará na plateia: Quantas pessoas? Qual a faixa etária delas? Qual o nível cultural do público? Se já têm algum conhecimento sobre o assunto que você vai abordar, ou não.  Só assim você poderá se preparar para usar as palavras e a abordagem corretas.

Quando será a apresentação? 
- Será num final de semana? Num dia útil? À noite? Se for durante o dia, será antes ou após o almoço? Durante um encontro? Se for, quais serão os temas anteriores? E os posteriores?

Com que recursos você poderá contar? 
- Imagine se você preparar uma bela apresentação em Powerpoint e o local só tiver disponível um quadro branco, ou um flipchart! Se você souber com antecedência, você não será pego de surpresa.

Onde será a apresentação? 
- Num auditório? Numa sala de aulas? Num templo? Ao ar livre? Com essas informações, você prepara sua palestra já imaginando o que espera você e de que forma você vai vencer os obstáculos que o local possa oferecer. 
- É muito aconselhável que você faça uma visita ao local para conhecê-lo com antecedência e procure ver a disposição das cadeiras, a presença de tomadas, de ventiladores, as possíveis fontes de ruídos, etc..

Finalmente: qual é o objetivo dessa palestra? O que esperam de você? O que os promotores do evento gostariam que você não deixasse de falar na sua apresentação? 
- Isso vai ajudar imensamente você na preparação da sua apresentação.

Feitas todas as perguntas, você terá condições de criar em sua mente uma imagem do evento e saberá coletar e selecionar o material que vai utilizar na preparação de sua apresentação. 

Mas sobre coleta e seleção de material e preparação de um roteiro, iremos falar em uma próxima postagem.

Por agora ficamos por aqui.

Um grande abraço e até a próxima.


Não deixe de comentar essa postagem e, se for o caso, apresentar suas dúvidas. Terei imenso prazer em responder.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Você tem medo de falar em público?

Você gostaria de falar bem em público, ou então, você sabe que vai ter que falar a um público ou a uma banca, mas treme só de pensar em ter que ir à frente e expor suas ideias?
Não pense que só você passa por isso. Muitas pessoas sentem esse medo, entre essas pessoas, certamente, estão aqueles que falam em público e falam bem.
Se você pesquisar na interne o tema: “quais são os maiores medos das pessoas”, vai ver que a maioria das pesquisas e enquetes que já foram realizadas apontam que o medo de falar em público vem em primeiro lugar, superando o medo da morte e o medo de adoecer, o medo de perder algum ente querido e o medo de dirigir.
Em nossos cursos de formação para palestrantes temos notado que, cerca de 80% dos nossos alunos revelam ter medo de falar em público e isso acontece em praticamente todos os cursos de oratória.
Muitos dos palestrantes mais experientes passam por um período de medo, principalmente ao iniciar a apresentação, mesmo estando apoiado em slides de Powerpoint. Isso é absolutamente normal.
Então, agora você sabe que não está sozinho(a). O que resta saber é: “Como fazer para superar esse medo”.
Uma coisa é certa: a menos que seja uma fobia, um medo patológico, que trava totalmente a pessoa, impedindo que ela comece a falar, o que é muito pouco frequente (e deve ser tratado por um especialista), você poderá superar esse medo, e vencer a timidez, fazendo alguns momentos de relaxamento, e com a certeza de que conhece e tem domínio sobre o assunto que precisa abordar.
É assim que os bons palestrantes fazem: estudam o assunto que irão abordar, preparam um roteiro do que irão falar, treinam com antecedência a sua fala e, no momento de fazer a apresentação, respiram fundo por alguns minutos, relaxam, visualizam-se fazendo uma boa apresentação e, ao serem chamados, começam a falar, vencendo, nos primeiros minutos, o restinho de medo que sobrou.
Certamente você já assistiu a várias palestras na sua vida. Pense: – o que levou você a sentar-se na plateia? Você esperava aprender algo de novo, melhorar seu conhecimento a respeito do assunto que seria abordado ou mesmo ter alguns momentos de entretenimento? Aposto que você torcia para que o palestrante fizesse uma boa palestra. Duvido que você sentisse  o  desejo de vê-lo se atrapalhar. E quando ele, eventualmente, se atrapalhou por algum motivo, certamente você foi condescendente e, ao invés de rir dele por causa isso, você sentiu no coração o desejo de o ajudar.  Como posso afirmar isso? Porque é isso que eu sinto e porque os muitos anos que tenho de palestrante e de formador nos nossos cursos de palestrante me mostraram que é assim que as pessoas se comportam.
Pense nisso: a plateia, o público que estará esperando para ouvir o tema que você preparou, estará torcendo por você, porque quer viver ali momentos agradáveis e tem a expectativa que você pode proporcionar isso a eles. O público é seu amigo, quer aprender com você e está ansioso por aplaudir você no final da sua fala.
O mais importante para que você consiga falar em público e que você, de fato, queira falar em público, mesmo que esse querer seja uma imposição do momento pelo qual você está passando. Se você quiser, você consegue. O medo pode ser vencido. A experiência me mostrou isso. Eu mesmo fui capaz de superar a timidez e fazer as minhas apresentações com segurança.

Então, estude bem o seu tema, faça um roteiro para servir de apoio, monte uma apresentação em Powerpoint, treine sua apresentação e vá adiante. 
Você quer. Você consegue!

Deixe abaixo seu comentário, apresente sua dúvida e eu terei imenso prazer em responder.